Depois de muito tempo, a cena se repete. Não consegui segurar. Pus em prática os pensamentos que andavam me atormentando há meses. Quanto tempo que eu não sentia, ao mesmo tempo, dor e alívio. Que eu não via o sangue escorrer pelo meu braço. O resultado, são três dedos de pulso cheio de cortes. Só parei porque uma hora isso teria que acontecer e eu não queria que fosse no "tarde demais". Não, eu não tenho coragem de me matar. E apesar de querer morrer várias vezes, lá no fundo, tem uma luzinha de esperança que me diz que as coisas ainda podem mudar, podem ser diferentes, que eu posso ser feliz. Não, na verdade, eu não quero morrer. Não ainda. Enquanto há vida, há esperança.
Só me resta olhar os cortes, ver eles cicatrizando pouco a pouco, dia à dia.
E espero que, junto com eles, as feridas que eu tenho aqui dentro cicatrizem também.
"quando ela se corta ela se esquece que é impossível ter da vida calma e força..."
quinta-feira, 30 de abril de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
"serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta, ao pé de uma parede sem porta"
Às vezes eu acho que to fazendo tudo errado. Aliás, sempre. Eu não tenho nada. Absolutamente nada. Não tenho emprego, não tenho faculdade, não tenho namorado e cada dia perco mais e mais os já escassos amigos. Não é possível que o mundo inteiro esteja errado, que o mundo inteiro esteja tentando me sacanear. Não, o problema é comigo sim. Só pode ser. Mas onde é que eu to errando, meu deus?? Onde RAIOS eu to errando? Porque todo mundo tem tudo, tem a sua vida, seus planos encaminhados e eu não?? Porque eu sempre tenho que pensar duas vezes antes de ligar pra alguém, ligar pra pedir companhia, pedir colo, pedir um abraço, pedir conselhos, porque esse alguém pode estar ocupado com seus estudos/trabalhos/namorados(as)?? Pode estar ocupado VIVENDO a sua vida? Eu não quero incomodar. Não mais. Já aluguei demais as pessoas e fui percebendo que aos poucos todas elas foram se cansando de mim. Cansando de ver que eu era incapaz sequer de construir uma vida pra viver. Nem que fosse uma vida de papel. Uma vida fictícia. Não, eu não tenho nada. Nem sonhos, mais. Só essa tristeza e essa melancolia, que voltaram com tudo. Só a vontade de explodir o mundo, de dormir até morrer. Até passar essa dor. Não consigo mais nem olhar pras pessoas, que passam jogando na minha cara toda aquela vida.
E mesmo sem ter nada, eu ainda perco.
Perco um pouco do nada a cada dia que passa.
E o buraco só aumenta.
Tenho medo de me perder dentro dele, qualquer dia desses.
Se for preciso, eu vou secar até morrer.
E morrer de vez em quando, é a única coisa que me acalma.
E mesmo sem ter nada, eu ainda perco.
Perco um pouco do nada a cada dia que passa.
E o buraco só aumenta.
Tenho medo de me perder dentro dele, qualquer dia desses.
Se for preciso, eu vou secar até morrer.
E morrer de vez em quando, é a única coisa que me acalma.
não me dê atenção.
"Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira, hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite, cada estrela parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros e rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem, ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto, isso passa
Amanhã é um outro dia, não é?
E eu nem sei porque me sinto assim, vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa e o meu sorriso sem graça
Não me dê atenção, mas obrigado por pensar em mim
Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido, eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido, não quero mais ser quem eu sou
Mas não me diga isso, não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim."
Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira, hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite, cada estrela parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros e rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem, ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto, isso passa
Amanhã é um outro dia, não é?
E eu nem sei porque me sinto assim, vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa e o meu sorriso sem graça
Não me dê atenção, mas obrigado por pensar em mim
Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido, eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido, não quero mais ser quem eu sou
Mas não me diga isso, não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim."
segunda-feira, 13 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Meu aniversário chegou, passou e como sempre eu me arrependi de ter saído de casa. Mas já passou, não quero mais falar sobre isso.
Meu pai viajou e como sempre to uma semana em casa sozinha e é uma das vezes que eu me sinto mais triste, que eu me sinto mais abandonada, perdida. Que eu tenho a real noção de como eu sou sozinha. Fiquei bem chateada com uma amiga final de semana passado. Eu agora só tenho os sábados pra sair, porque voltei a estudar no vestibular. Ela é uma das minhas melhores amigas e eu passo a semana inteira sem conseguir dar nem um "oi" pra ela pelo telefone. Aí quando chega no sábado, que é o dia que eu posso sair, ela nem liga pra mim. Diz que tá com um pessoal e que vai sair pra onde eles forem. Ótimo. Fora que ela tem sido bem estúpida comigo esses dias. Foda-se, também.
Não sei o que escrever. Não quero dizer mais uma vez a mesma coisa, que minha vida é uma droga, que eu me sinto uma inútil e fracassada, que eu não faço nada direito e o blablablá de sempre. Eu não sei mais o que eu quero, o que eu penso, o que eu sinto e o que eu acho disso tudo. Agora nada mais importa.
Da última vez que eu me pesei, tava com 46kg. Nem parece e eu acho que é o excesso de bebida que tá me deixando inchada. To pensando seriamente em dar um tempo na bebida. Como agora eu só bebo um dia na semana, desconto TODOS os meus problemas e frustrações em uma só noite. E isso não tá dando certo.
Preciso pôr minha cabeça no lugar.
Meu pai viajou e como sempre to uma semana em casa sozinha e é uma das vezes que eu me sinto mais triste, que eu me sinto mais abandonada, perdida. Que eu tenho a real noção de como eu sou sozinha. Fiquei bem chateada com uma amiga final de semana passado. Eu agora só tenho os sábados pra sair, porque voltei a estudar no vestibular. Ela é uma das minhas melhores amigas e eu passo a semana inteira sem conseguir dar nem um "oi" pra ela pelo telefone. Aí quando chega no sábado, que é o dia que eu posso sair, ela nem liga pra mim. Diz que tá com um pessoal e que vai sair pra onde eles forem. Ótimo. Fora que ela tem sido bem estúpida comigo esses dias. Foda-se, também.
Não sei o que escrever. Não quero dizer mais uma vez a mesma coisa, que minha vida é uma droga, que eu me sinto uma inútil e fracassada, que eu não faço nada direito e o blablablá de sempre. Eu não sei mais o que eu quero, o que eu penso, o que eu sinto e o que eu acho disso tudo. Agora nada mais importa.
Da última vez que eu me pesei, tava com 46kg. Nem parece e eu acho que é o excesso de bebida que tá me deixando inchada. To pensando seriamente em dar um tempo na bebida. Como agora eu só bebo um dia na semana, desconto TODOS os meus problemas e frustrações em uma só noite. E isso não tá dando certo.
Preciso pôr minha cabeça no lugar.
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